terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

PT: partido dos tapeadores

Fernando Rodrigues Batista


“Como Satanás, que é seu pai, o mundo é natural e forçosamente mentiroso. (...) Lhe é necessário viver de mentiras, de obscuridades, de equívocos: mentiras e equívocos de ação, mentiras e equívocos de palavra”. Cardeal Pie


Todos os dias, antes do habitual cafezinho e do cigarro que necessariamente o acompanha, tornou-se quase que um costume de minha parte perder um pouco de dignidade na leitura de um jornaleco local de matiz notadamente esquerdista. Quando digo que se trata de perda de dignidade a leitura de jornais desse quilate, o digo do âmago de minha ira. É para chorar o espetáculo que apresenta o país, olhado espiritualmente. Serei mais claro! Recentemente (18-02-2010), no quarto congresso nacional do PT (Partido dos Tapeadores), o deputado Ricardo Berzoini, sem corar, com a cara mais deslavada do mundo, revelou o que de fato é o seu partido, o que de fato fez o Presidente Molusco e seus séquitos: “conseguimos gerar um sentimento de superação e de aumento de auto-estima do povo brasileiro jamais visto em outras ocasiões”. Ora, quem ainda tem o privilégio de não ter perdido a razão no lodaçal político-social, e, sobretudo moral em que estamos envoltos, sabe a diferença existente entre algo e o sentimento de algo; sabe a diferença entre estar seguro e ter o sentimento de estar seguro. Essa sempre foi a política da esquerda, e, mais propriamente do PT: a política do engodo, a política da mentira. Assim o “bolsa família” gera um sentimento de diminuição da pobreza; o “bolsa escola”, o Enem e o Pró-Uni, geram um sentimento de diminuição do analfabetismo e de inclusão social dos menos favorecidos. No entanto, ao contrário do que aparenta o mero sentimento, a realidade das coisas demonstra que a pobreza persiste e que a ignorância, a burrice mesmo, é ainda mais evidente. Ainda somos uma grande potência mundial em matéria de asnice. Mas de que vale o real se é mais fácil e rentável para os donos do poder alimentar a “gente” honesta – porém míope – de irrealidade, de aparência, de simulacro vão do real? Definitivamente somos um país que consentiu que o nutram de mentira e a imprensa – em que pese os gritos estéreis e também aparentes – é o lugar privilegiado onde se manifesta esta precipitação e esta superficialidade que foram a doença mental do século XX. A pobre gente anda boquiaberta se alimentando de notícias inúteis que lhes ingurgita a imprensa paquidérmica para fazê-los abobados e irreflexivos. Dão-nos mentira e, por acréscimo, nos cobram por ela; a verdade está em um poço, e há que ir até ela, e assim resulta mais cara que a mentira; mas, infelizmente, é mais fácil ir ao que é mais barato. Assim, se confirma o presságio de Leonardo Castellani o qual dizia que, caminhamos para uma vida artificial, uma vida discorde com a realidade, uma vida em que a irrealidade devora a própria vida.



Um comentário:

Unknown disse...

Direto e esclarecedor. Essa foi a marca dominante do texto; no entanto quantos desejarão ir até o poço das verdades, certamente não a maioria dos brasileiros que preferem as verdades dos jornalecos como “única fonte de conhecimento”.

Criar uma sensação é como dar asas a uma ilícita imaginação que no final das contas é uma cilada, no entanto sempre foi esse o foco da propaganda esquerdista, ou seja, mentir para conquistar.
O que me impressiona é que esse é o cacoete de qualquer movimento de esquerda em qualquer tempo ou lugar. Não entendo como nossa “ficha ainda não caiu” e me deixa pasmado o fato de que ainda acreditemos nos ideais mais falidos da humanidade.
Que Deus nos proteja dessa civilização de burros e mentirosos.

Parabéns pelo artigo!